Textos fictícios



  Traição
                              
    Meu nome é Carla Morais, e há poucos dias, resolvi vir pedir sua ajuda para que possa me ajudar a resolver o mistério da morte do meu marido Lucas Morais.
    “Ele era um homem bem sucedido, tinha uma sociedade com seu melhor amigo Eduardo Maldonado.”
   “Eduardo era realmente o único amigo de Lucas. Os dois eram muito apegados, mas, ultimamente, andavam brigando por culpa do trabalho.”
    - Bom... Me conte sobre sua morte.
 Pãmela  já estava entusiasmada com o caso.
   - Ah! Sim, claro... Na noite do ocorrido, eu estava na cozinha com o meu bebê Pedro. Meu outro filho Luiz Otávio estava em seu quarto, quando ouvi minha empregada gritar!
     Quando cheguei ao seu encontro vi a cena mais dolorosa que já poderia ter visto em toda minha vida, Lucas, esparramado, jogado, ai meu Deus! Em nossa cama todo esfaqueado!
    “Os policiais foram investigar, mas não encontraram nada que poderia incriminar alguém.”
    - Há quanto tempo isso aconteceu?
Pâmela perguntou com um ar de interesse, no meio de tantas lágrimas derramadas pela senhora Morais.
   - Foi há um mês.
   - Então vamos até sua casa.
Pâmela investigou o quarto, no travesseiro continha uma digital com sangue. Ela colheu o meterial para análise, e foi a procura de mais pistas. Além disso, encontrou uma pegada no tapete do quarto.
   Depois de olhar embaixo da cama, encontrou uma faca!
   - Parece que os policiais não tiveram muito interesse neste caso.
 Pâmela falou, meio irônica, mas, com um ar sério.
   Na janela vimos um jarro quebrado, que, possivelmente, seria a entrada e a saída do assassino. Também achamos sangue no jarro. Não encontramos mais nada, então decidimos voltar ao escritório e analizar as provas. A digital era da própria  vítima, não tivemos espanto, pois, poderia facilmente ter sido deixada ali pela vítima em seus últimos momentos de vida.  A pegada era do tamanho 44, e certamente de um homem, pela forma e modelo da pegada. Sabíamos que não era da vítima, pois ela calçava 42. Então, por hora, teríamos um suspeito de pé 44.
   Na faca encontramos dois tipos de sangue, o da vítima e possivelmente o do assassino, ou, de alguma outra vítima. O sangue da janela combinava exatamente com o sangue q encontramos na faca, não o da vítima, mas sim, o desconhecido.
   - Ótimo! Agora temos, muito provavelmente, o número do sapato e o DNA do assassino!
  Pâmela estava meio cansada de tanto trabalho...
   - Vamos conversar com a senhora Morais.
   - Certo! Mas não hoje. Estou muito cansado. Vamos amanhã, está bem?
   - Claro, você é quem sabe.
  Fiquei surpreso com Pâmela, ela, normalmente, não escuta o que eu digo, e, muito menos, acata a um pedido meu.
    No dia seguinte, fomos até a casa da senhora Morais, e, chegando lá, fomos recebidos pelo filho mais velho. Então, decidimos conversar com ele. Afinal, todos são suspeitos até o término do caso.
  - Luiz Otávio?  - Esta foi Pâmela, meio que apreensiva.
   - Sim, sou eu mesmo.
   - Você já sabe quem somos?
   -Sim, sei...
  - E... então? Podemos conversar um pouco?
  - Sim, claro!
  - Você sabe alguma coisa sobre a morte de seu pai?
 - Não. Só o que todos sabem.
 - Você, por gentileza, poderia nos dar o seu DNA?
 - Por quê?
 - É só para descartá-lo como suspeito.
 - Está bem! Mas, será que já lhes contaram que eu entrei no quarto junto com a empregada, não é?
 - Não. Mas diga-nos, qual o número do seu calçado?
 - 44.
Pâmela então recolheu o DNA do garoto.
    Ouvimos a senhora Morais chegar. Ela estava acompanhada tanto de seu bebê, que por sinal era uma graça, quanto de Eduardo Maldonado, o que foi uma surpresa para nós.
  Aproveitamos a chegada dos dois, e , Pâmela logo ousou em pedir o DNA deles. Aresposta foi um simples “NÃO!”. Mas o que poderíamos fazer? Mas Pâmela sabia, e tinha um plano. Me puxou meio de lado, e falando baixinho, quase inaudível, ela disse:
  -Dimmy, eu vou pegar as amostras, com o consentimento, ou, sem o consentimento.
   - Como assim Pâmela? Como irá fazer isso?
   - Preste bastante atenção! Eles, com certeza, foram pegar bebidas. Vou ficar aqui, enrolando eles, puxando um papo com o assunto do crime. E você Dimmy, você vai disfarçadamente, colher amostras de saliva nos copos em que eles beberão a bebida. Então, tome cuidado! Se eles perceberem, poderá arruinar a investigação.
 - Claro, tomarei precauções.
 - Então vamos logo!
   Tudo ocorreu como planejado, voltaríamos ao escritório, se não fosse por Pâmela, que insistiu em fazer uma ultima pergunta aos dois.
   - E a empregada? O que houve com ela?
  - Ah... Nossa empregada ficou muito assustada com toda esta violência. Então, não hesitou em ir embora.
  - E como é o nome dela? Será que poderia me dar o seu endereço?
  - Claro, espere que vou anotar em um papelzinho para você, ok?
  - Certo.
Pâmela não me deu ouvidos e me levou, forçado, até a casa da empregada.
  Chegando lá, a empregada falou que depois do ocorrido, nunca mais apareceu na casa da senhora Morais, e que a versão contada era a mesma que ela teria para contar. Depois de colhermos o DNA dela, sem mais delongas, arrastei Pâmela ao escritório. Estava louco para saber o resultado, quem seria o autor do crime? Luiz Otávio? Eduardo Maldonado? A empregada? E, mesmo que improvável, Carla Morais? Mesmo que estes eram os suspeitos, poderia ter sido um outro alguém, claro! Poderia ter sido qualquer um!
  Finalmente, Pâmela encontrou a resposta.
- Dimmy, finalmente descobri quem foi o autor do crime! Podemos descartar Luiz Otávio, Eduardo Maldonado, e até mesmo a empregada! Isso mesmo! A assassina, é nada mais, nada menos do que: Carla Morais!
 “Vamos encaixar as peças! A digital no travesseiro, não nos serviu em nada, era simplismente uma pista falsa! Preste atenção Dimmy. A marca de sapato era simplismente do sapato de Luiz Otávio, mas, ao contrário do que deveríamos pensar, ele não foi o assassino! Ele mesmo, sem ao menos questionarmos, declarou que entrou no quarto junto da empregada, e ao ver as condições de seu pai, deve ter pisado no sangue espalhado, e, por isso a marca!
 Então, chegou a vez do sangue na arma do crime, aquele além do sangue da vítima. Este sim, este foi o desfecho para este caso!
   Carla Morais, simplismente, matou seu marido! O motivo ainda não sei! Mas, todas as provas apontam para ela. O sangue na faca tem o DNA dela, e o do jarro também! Minha cena do crime é a seguinte: Carla matou seu marido, por algum motivo ainda desconhecido, ela apenas entrou, normalmente, pela porta do quarto, e seu marido, ainda inocente do que haveria de ocorrer, não percebeu nada, quando foi surpreendido por uma punhalada nas costas. Uma que sua esposa deu! E sucederam uma série de outras... Em alguma delas, Carla deve ter se cortado, e deixado seu sangue na faca. Sem saber o que fazer, jogou a faca embaixo da cama, sem imaginação nenhuma, coitada! E pulou a janela, ao perceber que a empregada estava prestes a chegar ao quarto, na verdade, a empregada e seu filho! Ela foi direto para a cozinha, limpou-se, e voltou ao quarto ao ouvir a empregada gritar! No desespero dos fatos, ninguém percebeu que Carla estava com a mão cortada. E então, minha história está coerente?
  - Sem dúvida, Pâmela, sensacional! Parabéns!
  - Então Dimmy, chame a polícia, e vamos até a casa de Carla Morais.
  - Está bem!
  Chegando a casa, de nada adiantou tocarmos a campainha. Então, a polícia forçou a entrada. Encontramos, depois de procurar em todos os cômodos da casa,  no quarto de hóspedes, o mais afastado dos outros, Carla Morais e Eduardo Maldonado, não vou entrar em detalhes, até porque já devem imaginar o que se passava no local! Os dois foram presos.
  No dia seguinte, estava tomando um cházinho com Pâmela, e li em uma manchete no jornal, que Carla Morais havia confessado a morte do marido. Que ela mesmo o havia matado porque não mais o amava. Ela já havia tendo um caso com Eduardo há meses! E então, este seria o motivo do crime!
  Pãmela não esbouçou reação, mas, eu ainda tinha uma dúvida, que nem mais um minuto esperei, e despejei-a:
 - Pâmela, eu não entendo. Se Carla matou o marido, porque ela nos procurou?
 - Só tenho um palpite.
 - Então me diz!
 - Conciência pesada!
                                 Escrito por: Lêticia Lopes



   






Vinha andando em uma rua, quando vejo uma casa que me chama a atenção.
  A princípio, achei-a comum como qualquer outra, mas de súbito, me veio à mente que alguma coisa me havia de familiar ali.
  Sem mais nem menos, parei para olhá-la melhor. Me ocorreu por um instante, que em alguma parte da minha vida corrida, havia de ter visto esta casa.
No segundo seguinte sabia que o que eu acabara de pensar era uma completa idiotice.
  Como poderia ter visto esta casa? Nunca havia estado naquele lugar antes, ou pelo menos acho que não. Cinco minutos se passaram e ainda estava ali, parada, e, de novo, senti uma sensação de lembrança. Mas como? Poderia ter morado ali? Mas quando? Na infância ou adolescência? Ou poderia ter visitado algum conhecido, um tio talvez.
 Mas não! Eu me sentia atraído. Mesmo se eu quisesse, não conseguiria parar de olhar até lembrar, ou, não lembrar. Não sei, mas, havia um algo mais, algo que... Me mantia preso ali como um elo invisível! Já estava impulsivo, agora não mais me sentia atraído a ficar ali parado só olhando, eu sentia que... Eu teria que entrar ali! Não poderia esperar mais nem um instante sequer! Meu coração batia fortemente, estava tão nervoso, que meu corpo parecia estar dormente. Não esperei muitoe logo me recompus, e, com um grande esforço, toquei a campanhia.
 Veio até mim com um belo sorriso, uma linda mulher que eu já havia conhecido, e muito bem! Não estava mais tremendo, mas, meu nervosismo era tão grande que não disse uma só palavra.
 Na minha juventude, quando a conheci, foi paixão a primeira vista. Estava, agora, parado, à sua frente coomo uma estátua mórbida. Então, ela pô-se a abrir o portão e sem explicação, me abraçou, mas, um abraço bem forte e apertado, e eu conrrespondi, mesmo cheio de interrogações entaladas em minha garganta.
  Depois disso, não faço parte da realidade a qual pertencia antes deste acontecimento incrível e curioso, mas sim, faço parte da realidade em que vivo com minha paixão de juventude, o meu amor de sempre, o meu verdadeiro amor, o motivo ao qual me sentia atraído. L.L.



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